domingo, 28 de setembro de 2008

O "bicho"

Vivemos a maior parte da nossa vida a correr de um lado para o outro. Preocupados com o que temos que fazer hoje ou amanhã e com as consequências do que fizemos ontem. Projectos, objectivos, lutas, tristezas, alegrias e afins enchem a nossa vida e dão-lhe um ritmo, mais ou menos acelerado. No entanto, há momentos em que somos obrigados a parar. Não nos é dada opção. O ritmo frenético tem que abrandar.

Uma das coisas que nos exige um momento de pausa (ou um momento de outras preocupações) é a descoberta de que um estranho entrou na nossa vida. Um "bicho", que entrou na nossa realidade e tomou um lugar, de onde não o podemos tirar. E o que se sente quando esse "bicho" nos ataca? Porque é que fomos atacados? O que fazer?
Dá-se, então, uma real mudança de prioridades. Começamos a olhar para coisas que até à data nos passavam despercebidas, começamos a valorizar coisas que nem sequer sabiamos que existiam!

Realmente importante é poder olhar em volta e "ver" que há muitas pessoas que nos amam, mesmo que nunca o tenham dito, ou que nunca tenhamos tido tempo para pensar nas suas acções e delas inferir a existência desse sentimento. No momento em que nos apercebemos disso temos a primeira arma com a qual lutar. E não há dúvida de que com uma boa dose de amor, coragem e alguma sorte, tudo se ultrapassa! Resta então aprender com a experiência e aproveitá-la como "motor de crescimento" individual.

Tudo isto para dizer que te adoro imenso e que foste, és e serás sempre uma pessoa super importante na minha vida. Tenho orgulho em ter-te a meu lado, mesmo que não fisicamente. Por isso, muitos Parabéns e não te esqueças que, por ti, e por nós, vais derrotar o "bicho"!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Orgulho?

Que o Momento da Verdade tem agitado as águas do panorama televisivo, é um facto. Que muito se tem falado e escrito sobre o programa, também. A fórmula, para quem não conhece, é relativamente simples. Alguém é submetido a 50 perguntas, cuja veracidade das respostas é averiguada por um polígrafo. De seguida, 21 dessas perguntas (salvo erro) são seleccionadas para o programa. Cada patamar que permite atingir os 250.000 Euros, de prémio final, tem um número fixo de perguntas. Se se disser sempre a verdade, ganha-se tudo. Se se mentir, alguma vez, perde-se tudo. De salientar que as perguntas são, obviamente, de índole pessoal, estando a família/amigos mais próximos presentes em estúdio. Tudo isto com a Teresa Guilherme a apresentar!

Feita uma breve introdução, vamos ao que interessa. Quando vi o segundo programa fui surpreendido por uma pergunta, e uma resposta ainda mais, passo o pleonasmo, surpreendente. A um pai, perante o seu filho, pergunta-se: "Tem orgulho no seu filho?" E a resposta, um pouco demorada, é: "Não!" E o polígrafo acrescenta: "Esta resposta é Verdade!"

Ora, para além da cara chorosa da mãe do dito filho (esposa do dito senhor), da cara meio espantada da mãe/avó e da surpresa (ensaiado ou não) do filho em questão, surge a seguinte dúvida: admitir, perante um universo potencial de milhões de pessoas, que não se tem orgulho de um filho valerá 250.000 Euros? Poderá ou deverá um pai dizê-lo (sequer pensá-lo), de alguém que gerou e "moldou"? E como se sente o filho que o ouve?

Partilhei a minha incredulidade com o meu amigo Musicólogo e ouvi (li) de volta um: "Acho perfeitamente normal, muitos pais pensarão o mesmo!"

Estou certo de que os meus pais não o diriam. Certo, como certo do orgulho que sinto por eles. Partilhada também esta informação, inicia-se uma discussão acerca do tema. Afinal, será ou não "natural" os pais não sentirem orgulho dos seus filhos?

É um facto que todos os pais projectam nos filhos determinadas aspirações, traçam-lhes objectivos que gostariam que atingissem, especialmente se eles próprios não o conseguiram. É natural, afinal os pais querem (ou deveriam querer sempre) o melhor para os seus filhos. O problema reside na lata definição de "melhor"...
Aos pais caberá dar aos filhos todas as ferramentas à sua disposição, para que possam decidir o seu futuro. Cria-lo, assim como criar-se a si mesmos. Não cabe aos pais decidir por eles, ou impor-lhes fórmulas feitas, normalmente elaboradas para evitar que os filhos caiam nos mesmos erros por eles cometidos.

Mas todos falham. Todos nos desiludem. Muitas vezes por destruir a imagem que nos transmitiram de si, ou por destruir a imagem que criámos deles. Os filhos não são excepção. Nem sempre seguem os caminhos que os pais julgam ser os melhores e, nestes casos, a desilusão, ou no mínimo, a tristeza, são sentimentos normais. Mas poderá isso destruir o orgulho que se possa ter nos nossos filhos?

Se admitimos erros aos outros, os desculpamos, perdoamos e, nalguns casos, até esquecemos, não seremos capazes de os fazer a alguém que concebemos? Afinal, se um filho faz uma "asneira" o pai que lhe transmitiu valores e o educou não será, de todo, isento de culpa. E gostar de alguém, amar alguém, é reconhecer-lhe os defeitos e as virtudes, aprendendo a lidar com ambos.

Assim, parece-me que um pai que ame realmente o seu filho, não poderá dizer, conscientemente, que não sente orgulho dele. E se o diz, não pondera que por mais que projecte de si no seu filho, ele é um ser único e diferente de todos, com as suas próprias aspirações e desejos, que podem não se conjugar com os dos progenitores, por mais difícil que seja lidar com isso!

Pais do mundo, tenham orgulho dos vossos filhos. Eles são parte de vós, e serão, sem dúvida, merecedores do vosso respeito e melhor apreço!

P.S.: E certamente, admitir a ausência deste orgulho em pleno prime time não será o melhor a fazer!

domingo, 14 de setembro de 2008

Ciúmes?

Que é que se faz quando se sente um grande ciúme sem fundamento?

Afinal se se sente deve ter algum fundamento. É possível gostar de alguém, apesar de não ter clara noção disso? Ou será mais provável que se goste que a pessoa goste de nós? E neste último caso, será justo "prender" a pessoa à nossa vida?

Mas e se, sinceramente, não soubermos a resposta a nenhuma destas questões?

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Parabéns!

Depois de muito pensar, na tentativa de encontrar uma forma especial de o dizer, lembrei-me de to escrever, na impossibilidade de poder fazê-lo olhos nos olhos.

Hoje não é apenas mais um dia. Pelo menos para nós, não é. É um dia especial e por isso não posso deixar de, mais uma vez, dizer o quanto gosto de ti e como és importante para mim. Podemos não estar fisicamente perto, mas basta fecharmos os olhos e conseguiremos sentir a presença um do outro e, se nos concentramos um poucos mais, decerto seremos capazes de ouvir as nossas respirações. Sempre foste, és e serás uma pessoa fundamental na minha vida. E realmente, não apenas pelo laço que nos liga, mas também e simplesmente pela pessoa que és, posso dizer-te que te admiro muito e tenho imenso orgulho em ti!

Assim, sem mais delongas, quero desejar-te muitos parabéns, com a certeza, e isto não são meras palavras, de que és (seremos) ainda muito, muito felizes. Venha o que vier, estaremos sempre preparados para lutar!

Um enorme beijo, e um xi-coração muito apertado! Ah e, uma vez mais, Parabéns!

O amor!

Quando amamos alguém, quando amamos realmente alguém, sabemo-lo no instante em que vemos esse alguém. Há algo diferente de tudo o resto, não se sabe como aconteceu, porque aconteceu, ou quando aconteceu. Sabe-se apenas que aconteceu, e acontece. E sabe-se, ou crê-se, que será para sempre. Afinal é verdadeiro, intenso, forte e único amor...

Mas o que acontece quando se percebe que afinal "para sempre" pode não existir? Quando aquele amor, que sabemos ter sentido, nos parece distante? De facto, tão inesperadamente como vem, o amor pode ir. Podemos resistir à tentação de o deixar ir. Podemos prender-nos a ele como se nos fosse vital, podemos lutar por ele, mas também podemos não ser capazes de o manter. Afinal, pode não estar nas nossas mãos...

Incompatibilidades, distância, doença ou mesmo a morte, podem acabar com aquilo que nos alimentou a alma durante tanto tempo... E vezes há em que o sentimento simplesmente acaba. Sem explicação, ou razão aparentes...

Em qualquer dos casos permanece a dúvida: o facto do amor já não existir, faz com que tenha menos valor do que pensámos que teria? Será que amámos realmente? Ou será que simplesmente gostámos muito? E se afinal não soubermos realmente o que é amar?

Parece-me que o amor, tão especial como só ele pode ser, existe. Sente-se. Vive-se. Mas como tudo, pode acabar. Mas ter acabado é apenas mais um sinal de que existiu. E sem dúvida, com todas as alegrias e sofrimentos a ele associados, valeu a pena. Simplesmente porque nos fez sorrir, simplesmente porque a dada altura nos alimentou a alma.

Mas a vida continua. E o fim de um amor será, de certo, o início de um caminho que nos levará a outro... Difícil será viver a vida sem amar alguém, ou alguma coisa. Sem nutrir um sentimento que, em ultima instância, justifique a nossa existência.

Podemos viver "presos" a algo que sentimos. Podemos fechar as portas a muitos outros amores, mas, no momento certo, na hora certa, saberemos que o encontrámos novamente... O Amor!